quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Barlô

O Barlô pensava que era gente, quando nem gente era.
A utopia era quem era Barlô, e pensava como um grito na noite na sua seresta.
A comum vida era de todo sacrificada com um emprego que nada valia, nada na vida parecia para Barlô ter motivo. A dura paisagem de pedra florescia branca com a luz na janela, eu penso que Barlô era um tanto poeta, e um tanto vagabundo também.
A crise da existencia se devia ao fato da inconsistência das coisas em terem nomes, o nome da um sentido ou forma? Como dar forma e sentido ao que já tem forma e sentido.
O olhar de Barlô era uma lente fundo de garrafa que fazia as coisas parecerem esfumaçadas.
Em que momento Deus se tornava três pessoas? Nada nas charadas dava nome as coisas e no entanto eram a maravilha inventada de Deus. Deus não era Deus, era um nome, aquele que era nomeado Deus era.....
Barlô se descobria no fundo fim da natureza das formas nomeadas, ele encontrava Deus além do nome, na concepção da única geratriz unidimensional que criaria onisciente um ser criador de si, Barlô encontrava em Deus a criação de Deus, como inexistência criando a existência através da ausência de sua forma.
Nada de sentido davam a Barlô a maior compreensão do dia em que havia acordado com 10 anos e de súbito se vira no espelho, se deparara com o reflexo que dava forma ao que não era mesmo sendo, havia a forma refletida, mas não havia existência da forma, a imagem somente era um aparente exemplar do que já existia, apenas como visão, uma fusão como fragmento dos olhos, uma visão criada da visão, vejo que é, e que não esta.
A razão lógica das coisas não tinha lógica para Barlô, a resposta era a primaria ilusão da verdade mais funda, uma verdade que não tinha resposta, somente era a verdade.

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