domingo, 29 de julho de 2012

O Partido dos portões do purgatório

Pobres rostos de vidro e marfim
Morrendo recostados numa praia
Pelas baixelas pintadas de vermelho e graças
Criando palavras cruzadas

Uma batalha naval com barcos de papel
Rogando velhas mandingas
O meu respeito elas são reais
Como são reais as migalhas da esquina

Sem suas licenças para falar
Eu bocejo meu próprio eu
Jogado nas tábuas do xadrês
Que alguém vá querer comprar

A todos os que compram um pedaço no céu
Bem vindo seja, o salvador cruel
Deus de metal das nações
Suspeito no bem e no mal


O homem neandertal
Julgando-se juíz
De não se sabe o que
Do que seja normal


Senhores ainda mais
A nossa geração impecável
Sem termos iniciais
Terminou algo incogniscível



WallMushú


Aos de julgamento mais enquadrado em regras quais sejam, seja lá como for que acordaram hoje ou como se viram numa poça de água qualquer, o deus de metal nasceu, e agora ele é imortal, como conseguir algo sem ele? Belo mundo criado a imagem e semelhança a algo efêmero como o gênero humano. Que eu não seja crucificado, pois sem bem do que falo.

sábado, 21 de julho de 2012

O cisne e suas quatro crias

É uma visão em código morse, nem mesmo sei como é, pois quando percebo o vento ja soprou e volta novamente o concreto pintado. Novo, o novo muito embora talves seja apenas uma releitura do que já foi visto, no entanto, se apresenta no meio de uma composição completamente não oposta mas quase incomplementar, e a pedra angular é novamente descoberta, em cores de Alfa e chamada urgente. Mas ainda me surpeendo pois não é esta a decodificação do que vi e no entando me soa como todo o desdobrar de toda a engenharia por tráz da flor de papel. Contudo, mesmo ainda em uma escrita de traz para frente me parece agora lógico e até mesmo comum que minhas digitais sejam uma das formas de se dizer o meu nome, e ainda sim nem mesmo sob tortura e uma lente de aumento não aparece nelas a minha idade. Que haja discernimento ao leitor, minha idade é zero, como a medida indecifrável anterior ao número. Mesmo dizendo tudo ainda nada disse, como nada foi dito embora o barulho me faça as vezes tombar de tontura a imagem e semelhança do horizonte. Nada mais e me visto de sinos como se a minha respiração fosse a minha outra voz.

WallMushú