domingo, 29 de julho de 2012

O Partido dos portões do purgatório

Pobres rostos de vidro e marfim
Morrendo recostados numa praia
Pelas baixelas pintadas de vermelho e graças
Criando palavras cruzadas

Uma batalha naval com barcos de papel
Rogando velhas mandingas
O meu respeito elas são reais
Como são reais as migalhas da esquina

Sem suas licenças para falar
Eu bocejo meu próprio eu
Jogado nas tábuas do xadrês
Que alguém vá querer comprar

A todos os que compram um pedaço no céu
Bem vindo seja, o salvador cruel
Deus de metal das nações
Suspeito no bem e no mal


O homem neandertal
Julgando-se juíz
De não se sabe o que
Do que seja normal


Senhores ainda mais
A nossa geração impecável
Sem termos iniciais
Terminou algo incogniscível



WallMushú


Aos de julgamento mais enquadrado em regras quais sejam, seja lá como for que acordaram hoje ou como se viram numa poça de água qualquer, o deus de metal nasceu, e agora ele é imortal, como conseguir algo sem ele? Belo mundo criado a imagem e semelhança a algo efêmero como o gênero humano. Que eu não seja crucificado, pois sem bem do que falo.

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