terça-feira, 1 de março de 2011

O poeta busca nas mãos cortadas um batismo

O poeta dilata as flores pálidas
Como um coração entre as máquinas
Como as abelhas que buscam o mel
nas aquarelas
Eu ouço as vozes e não vejo as cores
Com o invisível toque
Da luz das velas
Chove o suor sobre os telhados de tinta
E os espelhos fingem o sorriso
Quando as mãos rabiscam a terra
E inventam a semente
As paredes estão escritas com orações
Depois da guerra

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