domingo, 20 de março de 2011

Beliôm(trecho das Chaves)

O que eu escrevo não vem de mim, vem dos rios e da sua intrigante nuance de maresia, somente percebo a superfície pois a profundidade me faltará como o ar, e contemplarei a revelação além da forma, nasci depois da chuva, como queda de estrelas próximas a uma lua azul.
Sigo somente as diagonais e a sua razão proporcional as vértices, antes da virgula deixei pistas que levarão ao xis do tesouro por traz das cortinas vermelhas, o além da ilusão se desmonta e eis que nasce o dia após a noite, antes do arco-íris vem a chuva e novamente encontro meu nascimento, há um quebra cabeça a ser desmontado antes da última peça, e novamente encontro a imagem descompassada de descrição, me faltam palavras perante a nudez espiral de onde vim e antes da esquinas sinto o desaparecimento contrário a razão da lógica, até eu mesmo havia percebido que o mole havia perdido os contrastes, o risco suave criava a mais pura natureza de mim.

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