terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Navalha

Eu quero a beleza
Parada das fotografias
Como uma carta
Não de despedida
E entregue dentro da suma
Oportunidade verde da antecipação
Madure os grãos, desertos da areia
Nos ventos as primeiras melodias
Da madrugada
E o abrir das primeiras rosas
Ainda pálidas e virgens
No asfalto
Nasci como libra em lua nova
No mistério triste da revelação
Palavra a palavra trocada como presente
Ninguém entende
E as vezes eu odeio toda essa gente
Que eu sou

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